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história

Os Galpões Santo Antônio expandem o trabalho de ação artística, curadoria, fomento e arte-educação desenvolvido desde os anos 1980 pela artista, curadora e colecionadora Adriana Moura Penteado. Graduada em arte e educação pela FAAP-SP, ela começa seu trajeto criando um método de ensino combinado de inglês e arte para crianças, que aplica com sucesso em escola própria. Entre 1986 e 1990, coordena a Sala Flavio Império, área expositiva da sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, realizando mais de trinta exposições, cursos abertos e feiras de gravura, e apoiando iniciativas pioneiras, como a edição inaugural do Circuito Ateliê Aberto, projeto de Arnaldo Battaglini que leva o público para conhecer os estúdios de 35 artistas. Alex Cerveny, Alex Flemming, Fernando Limberger, Iran do Espírito Santo e Nina Moraes estão entre os artistas que a Sala Flavio Império expõe no período, em coletivas como Real (1989), que levam a arte contemporânea ao centro de São Paulo pela primeira vez em três décadas.

Entre 1990 e 2004, a curadora mantém sua própria galeria em São Paulo, sediada em um apartamento residencial, na contramão da ideia do espaço expositivo asséptico. Priorizando poéticas contundentes e recortes de natureza curatorial, a galeria realiza uma centena de exposições, que incluem as primeiras individuais de artistas como José Rufino, João Loureiro, Rosana Paulino e Carla Zaccagnini. Com nomes como Cecilia André, Ciro Cozzolino, Claudio Cretti, Claudio Mubarac, Edith Derdik, Florian Raiss, Georgia Kyriakakis, Glauco Menta, Laurita Salles, Lina Kim, Luiz Hermano, Maciej Babinski, Marcelo Cipis, Paulo Whitaker, Raabenstein e Sergio Niculitcheff, o elenco da galeria exemplifica uma gama variada de caminhos artísticos.

Com o fim do ciclo de vida da galeria, em 2004, a colecionadora transfere sua energia para o projeto de criar uma estrutura de trabalho, experiência e residência artística no meio rural. A Fazenda Santo Antonio, no interior de São Paulo, à qual se dedica desde 2003, e para onde se transfere mais tarde, sedia o projeto, que começa a sair do papel em 2007, com a inauguração do primeiro galpão com espaços de trabalho. A partir de então, a presença de artistas convidados alimenta cursos, oficinas, exposições e residências curtas na fazenda. Em 2019, o projeto dos Galpões Santo Antonio inicia uma nova etapa, ao oferecer seu próprio programa de residências artísticas.

 

BACKGROUND

The Galpões Santo Antonio project is an expansion of the artistic action, promotion, and art education work developed since the 1980s by Adriana Moura Penteado, an artist, curator, and art collector. With a degree in art and education from FAAP-SP, she started out by creating a learning method for children that combined art and English language, and went on to successfully implement it in a school of her own. From 1987 to 1990 she managed Sala Flavio Império, an exhibition venue located at the headquarters of the Institute of Architects of Brazil (IAB), in São Paulo, holding over thirty exhibitions, open courses and engraving fairs; the venue also supported pioneering initiatives such as the first Circuito Ateliê Aberto, a project conceived by Arnaldo Battaglini that took audiences to tour 35 artists’ studios. Alex Cerveny, Alex Flemming, Fernando Limberger, Iran do Espírito Santo, and Nina Moraes were among the artists who had works shown at Sala Flavio Império over the period. Group exhibits such as Real (1989) became the first displays of contemporary art to happen in downtown São Paulo in three decades.

From 1990 to 2004 the curator ran her own gallery in São Paulo, in a residential apartment, refuting the idea of aseptic exhibition spaces. Compelling artistic narratives and curatorial selections were favored by the gallery, which held numerous exhibitions, including the first individual displays by artists such as José Rufino, João Loureiro, Rosana Paulino and Carla Zaccagnini. Cecilia André, Ciro Cozzolino, Claudio Cretti, Claudio Mubarac, Edith Derdik, Florian Raiss, Georgia Kyriakakis, Glauco Menta, Laurita Salles, Lina Kim, Luiz Hermano, Maciej Babinski, Marcelo Cipis, Paulo Whitaker, Raabenstein and Sergio Niculitcheff were part of the gallery’s ensemble, which represented a varied range of artistic paths.

As the gallery’s life cycle came to an end in 2004, the collector started channeling her energy into the project of developing a facility for artistic work, experience and residency in a rural environment. The project was based at Fazenda Santo Antonio, located in the countryside of the state of São Paulo. Adriana began running the farm in 2003, and later moved to it. Galpões Sto. Antonio come to life in 2007, with the inauguration of the first shed with workspaces. From then on, the presence of guest artists fuels courses, workshops, exhibitions and short residences on the farm. In 2019, the Galpões Santo Antonio project enters a new stage, offering its own artistic residency program.